O ataque à Ucrânia e economia europeia


                                                            ( Fonte: A VERDADE )


   Foi na madrugada de 24 de fevereiro de 2022, que Vladimir Putin, o conhecido presidente da Rússia chocou o mundo quando ordenou uma invasão militar em grande escala no leste da Ucrânia com o objetivo central de desnazificar e desmilitarizar todo o território ucraniano. Este conflito apesar de parecer atual para muita gente, já se estende há uns bons anos. Como em 2014 com a conhecida Crimeira, uma república autónoma da Ucrânia que foi incorporado pela Rússia gerando conflitos até à atualidade, trata-se isto de um nítido conflito geopolítico no qual se contenda a soberania do território da península da Crimeira. Este conflito foi certamente um dos grandes motivos que levou à guerra que assistimos ainda hoje. 

  

    Esta infeliz guerra entre a Rússia e a Ucrânia com motivações históricas, culturais, políticas e de certa forma económicas já matou cerca de 300 mil pessoas e fez com que aproximadamente 14 milhões de pessoas se vissem obrigadas a deixar o seu país em busca de paz.

   

   Em situações de guerra, a aliança entre países é algo imprescindível, sem ajudas externas, a Ucrânia dificilmente se conseguiria reerguer deste conflito. Temos como a mais recente ajuda à Ucrânia os 330 milhões de euros que inclui material de defesa que os Estados Unidos anunciaram ontem dia 20 de março de 2023. Contudo existem outras alianças e ajudas, tal como a essencial ajuda da União Europeia. O principal objetivo da União Europeia nesta causa é assegurar apoio e segurança para aqueles que necessitam, assistência política, financeira e humanitária, repugnando e punindo a Rússia e todos os envolvidos nesta guerra; a união Europeia e os seus parceiros internacionais estão unidos nesta causa de forma a autuar Valdimir Putin por toda esta lamentável tragédia. No dia 24 de fevereiro de 2022 a União Europeia logo de início mostrou o seu apoio à Ucrânia, a presidente da Comissão Europeia desde 1 de dezembro de 2019, Ursula von der Leyen condenou afervoradamente o ataque da Rússia para com a Ucrânia, admoestou a Rússia a retirar as suas tropas do território da Ucrânia, dando ainda a conhecer aos dirigentes europeus, com o intuito de ser aprovado, medidas que tinham em vista setores estratégicos da economia russa ,de forma a bloquear o acesso aos mercados e às tecnologias. Ainda no mesmo dia aconteceu uma reunião do Conselho Europeu onde chegaram a uma conformidade, haver mais medidas restritivas com o intuito da Rússia sofrer enormes e graves consequências em detrimento das suas ações.         Foram assim sendo tomadas medidas tais como, excluir importantes bancos russos do sistema SWIFT, visar os ativos dos oligúrias russos e proibir transações do Banco Central da Rússia e congelar todos os ativos. Enquanto a UE cumpria com as sanções à Russia criava também medidas de apoio à Ucrânia, como o  financiamento de entrega de armas e outros equipamentos à Ucrânia. Ao longo de 2022 foi sempre tomando medidas favoráveis à Ucrânia de forma a ajudar a combater os ferozes ataques da Rússia. 

   

   Dia 17 de janeiro já deste ano, 2023, a Comissão despendeu a primeira parcela de 3 mil milhões de euros do montante máximo de 18 mil milhões de euros do pacote de assistência macrofinanceira com destino à Ucrânia. A União Europeia lança ainda uma plataforma de doadores de forma a ajudar na recuperação do país. A 25 de fevereiro de 2023 a União Europeia aprova o décimo pacote de sanções em combate à Russia. 

   Quando a guerra terminar será necessário um grande apoio financeiro para reedificar a Ucrânia, será essencial o maior número possível de ajuda externa por parte dos seus aliados de forma a  tornar-se novamente um país livre e bem incorporado na economia europeia e mundial. Falando agora de números, desde o início da guerra já foram facultados 50 mil milhões de euros pela UE, pelos seus Estados-Membros e instituições financeiras europeias, de forma a oferecerem à Ucrânia apoio financeiro, apoio humanitário, de emergência, orçamental e militar.  Ursula von der Leyen tem vindo desde sempre a mostrar o seu apoio para a reconstrução de uma Ucrânia próspera e democrática. 

  

    Como sabemos e notamos todos os dias, a Guerra na Ucrânia tem ainda um visível impacto na Economia Europeia, a economia estava a reerguer-se logo após a tragédia do covid-19, contudo, a União Europeia prevê agora uma redução de crescimento de 4% para 2,7%, aumentando ainda a sua previsão de inflação. É difícil não reparar nas proporções da inflação, a Ucrânia e a Rússia produzem uma grande parte do trigo e da cevada do mundo, sendo também enormes exportadores de metais,  com o corte destas cadeias de abastecimento fizeram com que os alimentos e outros bens e serviços básicos aumentassem potencialmente, diminuindo assim as carteiras de todos. A guerra acontece todos os dias na Ucrânia e afeta todos os dias o mundo.


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